top of page
Buscar

A grama do vizinho não é mais verde: hora de apreciar o que temos de melhor

  • Foto do escritor: Gabs Marques
    Gabs Marques
  • 4 de nov. de 2022
  • 1 min de leitura


Há algumas semanas atrás vi o musical Tatuagem, aqui em sp. Uma peça sensível, crítica, com poética e lirismo que, além das risadas, trata no fundo sobre o amor.


E foi nessa peça que me peguei pensando em como nosso teatro é BOM. Já vi algumas peças musicadas brasileiras, de textos nacionais, e não vi UMA cuja montagem me fizesse ter preguiça de assistir, que não me cativasse em sua trama. Cangaceiras terá lugar mais que especial no meu coração; Morte e Vida Severina, uma estrutura de palco espetacular; em algum lugar entre as estrelas, peça que atuei, de uma sensibilidade no texto que só arrancou elogios.


Quantas montagens ainda serão necessárias para pararmos com a idolatria à Broadway e West Side e passarmos a olhar nosso palco? Não tirando o mérito e a qualidade das americanas, longe disso, mas pondo em foco a capacidade do nosso texto, da nossa escrita, da nossa música e em como ela conecta e emociona. É triste de ver nossa síndrome de vira-lata inata, que parece nunca satisfeita com aquilo que é nosso, por direito e por criação. Aquilo que nos representa, nos conecta, nos ressoa. Não tem “Dead Girl Walking” SUFICIENTE que preencha esse espaço, por mais que a balada com notas de rock seja divertida


Temos Nelson Rodrigues, Plinio Marcos, Dias Gomes, Ariano Suassuna, Claudia Barral, Ave Terena, Consuelo de Castro, Grace Passô, pessoas cujos textos tratam de nossas chagas, nossos sonhos enquanto indivíduos brasileiros. Como podemos relegar a um plano inferior algo que reconta a própria essência de nós mesmos?

 
 
 

Comments


© 2023 por Literária.mente. Orgulhosamente criado com Wix.com

  • face
  • insta
  • Spotify ícone social
bottom of page